Warpaint - Black Crowes
Nada que eu diga aqui será novidade. Tampouco servirá para alguém comprar o último disco do Black Crowes, se é que ainda existe alguém que faça isso - eu compro discos e dvd's, mas sei que sou uma anomalia. Por isso, a única coisa que pode justificar esse texto é a necessidade de elogiar a banda - além da necessidade de jogar palavras fora.
Se há uma coisa que o Black Crowes não faz é desperdiçar algo. O som do grupo norte-americano pode não ser enxuto, mas passa a léguas de distância do virtuosismo inútil - perdão pela redundância, mas tem gente que acha que o virtuosismo, por si só, pode ser essencial a alguma coisa que não a auto-masturbação.
Em Warpaint eles retornam do mesmo jeito. Talentosos, emulando o melhor do rock feito nos anos 60/70, sem medo de parecerem datados. Eles são datados, quem quiser que tire sua calça boca de sino da gaveta e siga atrás.
Desde 2001 sem gravar, os irmãos Robinson provam que talento dificilmente se perde. Sem qualquer novidade, sem bateria eletrônica, sem participação do rapper mais foda da semana, sem corinho bunda de bandinha emo, as músicas vão se sucedendo e, no fim, o ouvinte mais atento tem a certeza de ter ouvido um pequeno grande disco.
Canções, no sentido literal, como Goodbye Daughter of Revolution (e seu grudento refrão) e a 'zepelliana' Evergreen seriam clássicos instantâneos caso não vivêssemos em tempos tão estranhos, onde a necessidade do novo supera a necessidade da qualidade. Que tal então Locust Street, que parece retirada de um disco perdido dos Stones na sua fase mais blues? Sem contar Wounded Bird, talvez a minha predileta...
Em resumo, ninguém vai mesmo ler essa pequena resenha. Mas se alguém chegar até aqui e se dar ao menos o trabalho de ouvir Warpaint, já terá valido a pena. É muita inspiração (do Black Crowes, é óbvio) para ficar perdida por aí.
Conselho final: compre o disco. Vale cada centavo.
Nota 8
Nada que eu diga aqui será novidade. Tampouco servirá para alguém comprar o último disco do Black Crowes, se é que ainda existe alguém que faça isso - eu compro discos e dvd's, mas sei que sou uma anomalia. Por isso, a única coisa que pode justificar esse texto é a necessidade de elogiar a banda - além da necessidade de jogar palavras fora.
Se há uma coisa que o Black Crowes não faz é desperdiçar algo. O som do grupo norte-americano pode não ser enxuto, mas passa a léguas de distância do virtuosismo inútil - perdão pela redundância, mas tem gente que acha que o virtuosismo, por si só, pode ser essencial a alguma coisa que não a auto-masturbação.
Em Warpaint eles retornam do mesmo jeito. Talentosos, emulando o melhor do rock feito nos anos 60/70, sem medo de parecerem datados. Eles são datados, quem quiser que tire sua calça boca de sino da gaveta e siga atrás.
Desde 2001 sem gravar, os irmãos Robinson provam que talento dificilmente se perde. Sem qualquer novidade, sem bateria eletrônica, sem participação do rapper mais foda da semana, sem corinho bunda de bandinha emo, as músicas vão se sucedendo e, no fim, o ouvinte mais atento tem a certeza de ter ouvido um pequeno grande disco.
Canções, no sentido literal, como Goodbye Daughter of Revolution (e seu grudento refrão) e a 'zepelliana' Evergreen seriam clássicos instantâneos caso não vivêssemos em tempos tão estranhos, onde a necessidade do novo supera a necessidade da qualidade. Que tal então Locust Street, que parece retirada de um disco perdido dos Stones na sua fase mais blues? Sem contar Wounded Bird, talvez a minha predileta...
Em resumo, ninguém vai mesmo ler essa pequena resenha. Mas se alguém chegar até aqui e se dar ao menos o trabalho de ouvir Warpaint, já terá valido a pena. É muita inspiração (do Black Crowes, é óbvio) para ficar perdida por aí.
Conselho final: compre o disco. Vale cada centavo.
Nota 8